sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
DEMÔNIOS DE SAL
De sorte
Que os tratados
Foram todos tecidos...
Os acordos, todos alinhavados.
A partilha foi feita
Entre os anjos dementes
E os demônios de sal.
Mesmo num outono derradeiro,
Uma penumbra sufocante,
Nuvens cobrindo o céu...
Neblina cinzenta...
Orvalho negro...
Pelas ruas,
Pelos becos da cidade...
Exala no ar
Um perfume instigante.
Denso, agudo.
Fusão de metal e ácido.
Olhando
O fundo dos olhos
Do elenco deste interlúdio,
Vê-se a alma arredia
De cada um.
Almas que comovem,
Tamanha é a dor da incerteza.
Tantos sonhos perturbadores,
Entes que se movem,
Sobrevoam o céu da cidade.
Mistura-se
Translúcida magia
E inebriante porvir.
Outono de entorpecência.
Os deuses
Jogam mais uma vez
Com seus brinquedos
De palha e barro.
Que os tratados
Foram todos tecidos...
Os acordos, todos alinhavados.
A partilha foi feita
Entre os anjos dementes
E os demônios de sal.
Mesmo num outono derradeiro,
Uma penumbra sufocante,
Nuvens cobrindo o céu...
Neblina cinzenta...
Orvalho negro...
Pelas ruas,
Pelos becos da cidade...
Exala no ar
Um perfume instigante.
Denso, agudo.
Fusão de metal e ácido.
Olhando
O fundo dos olhos
Do elenco deste interlúdio,
Vê-se a alma arredia
De cada um.
Almas que comovem,
Tamanha é a dor da incerteza.
Tantos sonhos perturbadores,
Entes que se movem,
Sobrevoam o céu da cidade.
Mistura-se
Translúcida magia
E inebriante porvir.
Outono de entorpecência.
Os deuses
Jogam mais uma vez
Com seus brinquedos
De palha e barro.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
LONGINQUA
Solidão milagrosa.
Fiquei só.
Ou menti o tempo todo
Sobre tua ausência.
Ouvi coisas do tipo:
“A paixão dos amantes é pela morte”,
“Teu carinho enternece-me”,
“Entregando-me a dor do futuro perdido”
Nestas horas
Não era eu
Elogiando a insanidade
Nem prenunciando morte.
Milhares de vezes penso:
“Vou renunciar”,
“Anular meus pensamentos tortos”
“Que não cansam de rodear teu mundo”
A cidade sempre em ruínas,
Em borbulhante atividade fantasma
Faz-me remoer a idéia:
“Não sei dos sobreviventes”.
“Se sobrevivem de longínqua e tardia bem-querência”
Fiquei só.
Ou menti o tempo todo
Sobre tua ausência.
Ouvi coisas do tipo:
“A paixão dos amantes é pela morte”,
“Teu carinho enternece-me”,
“Entregando-me a dor do futuro perdido”
Nestas horas
Não era eu
Elogiando a insanidade
Nem prenunciando morte.
Milhares de vezes penso:
“Vou renunciar”,
“Anular meus pensamentos tortos”
“Que não cansam de rodear teu mundo”
A cidade sempre em ruínas,
Em borbulhante atividade fantasma
Faz-me remoer a idéia:
“Não sei dos sobreviventes”.
“Se sobrevivem de longínqua e tardia bem-querência”
sexta-feira, 16 de maio de 2008
>
A PIADA MORTAL
As fronteiras do mar:
Um guru a deriva,
Uma nau.
Espremidos...
Diante dos olhos do mundo.
Pânico...
Em pauta
As margens pacientes da dor.
Poligamia...
Uma plenitude pálida,
Em posse dos portais da alma.
A piada mortal
Contada outra vez.
A cama,
A cena,
O crime.
Baculejaram-se todos.
Escaparam ilesos.
Protegidos por sua insanidade.
Algumas vezes, só a insanidade serve como álibe, pra realizarmos os atos mais seminais, viscerais e envoltos por certa ancestralidade. Já que nosso comportamento diário está encoberto por películas intransponíveis de moralidade e convenções...
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Love is Colder than death
Pupilas dilatadas,
Um sorriso triste.
Manchas pelo chão,
Mais um dedo em riste.
Aponta em direção a morte,
Se não houver melhor sorte...
Arames farpados...
Farpas de demência e dor.
Desilusão é o que sente,
não mente...quando está ausente.
Farpas desvencilhadas,
Vivo em ciladas,
Provocadas, pela insensatez
De um momento de horror.
Um ato extremo
E tudo está perdido.
Um beijo em falsete na fronte.
Perturbando a mente
E provocando por um instante
Falsos amigos...
Outrora amantes.
O sorriso em meus lábios,
Na verdade é uma cena de ficção.
E no final qualquer semelhança
Com nomes e fatos reais...
Se for coincidência,
É devido a ausência...
De homens, mulheres...fatais.
Esta é uma composição que foi musicada pela minha banda o "Razga Mortalha". A poesia é um risco, não consigo respeitar a métrica e tenho fortes tendências a frases ácidas, ou corrosivas. Talvez exorcize através da música e da poesia sentimentos que possam me corroer por alimentá-los. Essa poesia ou letra é de uma canção escrita diante de uma perda estúpida e trágica...
Um sorriso triste.
Manchas pelo chão,
Mais um dedo em riste.
Aponta em direção a morte,
Se não houver melhor sorte...
Arames farpados...
Farpas de demência e dor.
Desilusão é o que sente,
não mente...quando está ausente.
Farpas desvencilhadas,
Vivo em ciladas,
Provocadas, pela insensatez
De um momento de horror.
Um ato extremo
E tudo está perdido.
Um beijo em falsete na fronte.
Perturbando a mente
E provocando por um instante
Falsos amigos...
Outrora amantes.
O sorriso em meus lábios,
Na verdade é uma cena de ficção.
E no final qualquer semelhança
Com nomes e fatos reais...
Se for coincidência,
É devido a ausência...
De homens, mulheres...fatais.
Esta é uma composição que foi musicada pela minha banda o "Razga Mortalha". A poesia é um risco, não consigo respeitar a métrica e tenho fortes tendências a frases ácidas, ou corrosivas. Talvez exorcize através da música e da poesia sentimentos que possam me corroer por alimentá-los. Essa poesia ou letra é de uma canção escrita diante de uma perda estúpida e trágica...
sexta-feira, 9 de maio de 2008
In my life
Este é um espaço pra discutir e disseminar idéias, valores e conceitos a partir do ponto de vista de uma pessoa que em sua formação como individuo desde de sua infância teve acesso aos mais diversos ambientes, da vida interiorana ao dia a dia da metrópole, da produção cultural e artística baseada em conhecimentos empíricos até a produção embasada em conhecimentos acadêmicos, que frequentou desde a assembléia de Deus, a terrreiros de umbanda. Uma pessoa que surfou a vida toda sobre várias formas de manifestação artística, música, artezanato, poesia, artes plásticas entre outras. Que se envolveu de forma apaixonada em organizações de cunho social, político e como educador em vários níveis e em variadas disciplinas. Um beatle-maníaco, Flamenguista que costuma se apaixonar por todas as missões a que se propôe, não tem passa-tempos. Cuidar de plantas...Subir num palco...Ser gestor educacional...Ser pai...Tudo é essencial pra quem tem alma renascentista.
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