sexta-feira, 23 de maio de 2008

LONGINQUA

Solidão milagrosa.
Fiquei só.
Ou menti o tempo todo
Sobre tua ausência.

Ouvi coisas do tipo:
“A paixão dos amantes é pela morte”,
“Teu carinho enternece-me”,
“Entregando-me a dor do futuro perdido”

Nestas horas
Não era eu
Elogiando a insanidade
Nem prenunciando morte.

Milhares de vezes penso:
“Vou renunciar”,
“Anular meus pensamentos tortos”
“Que não cansam de rodear teu mundo”

A cidade sempre em ruínas,
Em borbulhante atividade fantasma
Faz-me remoer a idéia:
“Não sei dos sobreviventes”.

“Se sobrevivem de longínqua e tardia bem-querência”

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Show no Teatro Waldemar Henrique

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A PIADA MORTAL


As fronteiras do mar:

Um guru a deriva,

Uma nau.

Espremidos...

Diante dos olhos do mundo.

Pânico...

Em pauta

As margens pacientes da dor.

Poligamia...

Uma plenitude pálida,

Em posse dos portais da alma.

A piada mortal

Contada outra vez.

A cama,

A cena,

O crime.

Baculejaram-se todos.

Escaparam ilesos.

Protegidos por sua insanidade.


Algumas vezes, só a insanidade serve como álibe, pra realizarmos os atos mais seminais, viscerais e envoltos por certa ancestralidade. Já que nosso comportamento diário está encoberto por películas intransponíveis de moralidade e convenções...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Em plena dissolvição...















Em plena dissolvição...

Love is Colder than death

Pupilas dilatadas,
Um sorriso triste.
Manchas pelo chão,
Mais um dedo em riste.
Aponta em direção a morte,
Se não houver melhor sorte...

Arames farpados...
Farpas de demência e dor.
Desilusão é o que sente,
não mente...quando está ausente.

Farpas desvencilhadas,
Vivo em ciladas,
Provocadas, pela insensatez
De um momento de horror.
Um ato extremo
E tudo está perdido.

Um beijo em falsete na fronte.
Perturbando a mente
E provocando por um instante
Falsos amigos...
Outrora amantes.

O sorriso em meus lábios,
Na verdade é uma cena de ficção.
E no final qualquer semelhança
Com nomes e fatos reais...
Se for coincidência,
É devido a ausência...
De homens, mulheres...fatais.

Esta é uma composição que foi musicada pela minha banda o "Razga Mortalha". A poesia é um risco, não consigo respeitar a métrica e tenho fortes tendências a frases ácidas, ou corrosivas. Talvez exorcize através da música e da poesia sentimentos que possam me corroer por alimentá-los. Essa poesia ou letra é de uma canção escrita diante de uma perda estúpida e trágica...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

In my life

Este é um espaço pra discutir e disseminar idéias, valores e conceitos a partir do ponto de vista de uma pessoa que em sua formação como individuo desde de sua infância teve acesso aos mais diversos ambientes, da vida interiorana ao dia a dia da metrópole, da produção cultural e artística baseada em conhecimentos empíricos até a produção embasada em conhecimentos acadêmicos, que frequentou desde a assembléia de Deus, a terrreiros de umbanda. Uma pessoa que surfou a vida toda sobre várias formas de manifestação artística, música, artezanato, poesia, artes plásticas entre outras. Que se envolveu de forma apaixonada em organizações de cunho social, político e como educador em vários níveis e em variadas disciplinas. Um beatle-maníaco, Flamenguista que costuma se apaixonar por todas as missões a que se propôe, não tem passa-tempos. Cuidar de plantas...Subir num palco...Ser gestor educacional...Ser pai...Tudo é essencial pra quem tem alma renascentista.